Um pedido que brota
um gasto que não sabe
só sabe o que quer
nem de onde sabe ele vem.

Meu sangue é como um dever
meu suor é apenas choradeira
meu dever onera meu prazer
para o filho dar.

Meu querido filho
não sabe o peso do bolso
em moeda contada
um suspiro de tristeza.

O querer de sempre participar
faz a teima vencer
o aperto vem depois
no bolso do uniforme do pai.

A rotina do final de semana
sempre o pedido se repete.
O pedido anterior nunca se lembra
o argumento está sempre na ponta da língua.

A choradeira vem depois do pai para a mãe
que no canto do lar curtem as esperanças
de um dia poder curtirem juntos
e o tempo passa!