Filho de roceiro
Quando cheguei naquela roça
O mato verdinho Só pensava na onça pintada Até arrepiava Na mata fresquinha Que água ela tinha Admirado eu ficava Esquecia até da onça pintada Escutando o som da água corrente Sonhava um dia ter pra mim Aquela riqueza Mesmo com a onça pintada Sentei na sombra Para admirar mais um pouco Não esperava que atrás daquele toco Aparecesse a onça pintada Meu coração gelou Sem pernas para correr fiquei Até pensei gritar É melhor calar A famosa onça pintada Cheirou o mato Caminhou para o outro lado Foi-se a onça pintada, tão falada Estória de mãe cansada Para fazer dormir o filho Deixando a trama do medo Uma estória para enredo
Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 25/10/2016
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