Para o recreio nóis ia
junto do bambuzal fazer,
o broto crescer
vermelha sua face se via.

O medo crescia
quando o barulho ouvia
correndo saia
para a sala nóis ia!

Minha tia brava dizia,
o castigo queria.
Seu jeito de mãe me olhava
implorava, para quieto ficasse

Não sabia o valor que tinha
sua aula um dia lembrar,
como um filho me tratava
um beijo, na saída me dava!

Para minha mãe ela falava
sozinho, mãe me chamava,
minha orelha puxava.
Cedo, no outro dia emburrava.

Minha mãe muito bondosa
com carinho sondava.
A vontade de ir para escola ficava,
no dever ela falava.

O desejo em Luzia crescia,
meu uniforme vestia,
no lombo do burro partia.
Alegre, madrinha me recebia.

De novo no recreio,
ela veio,
perguntar porque não veio
com vergonha fiquei!

A saudade já era grande.
Pediu para pegar o livro na estante,
tropecei ao levantar,
pediu na mesa colocar.

Para ela olhei,
vermelho fiquei,
não sei a razão,
pedi sua opinião!

Novamente na saída me beijou,
felicidades para mim desejou,
para a outra ela olhou,
com ciúme ficou.

Em patrulha ela ficou,
na sala, por ultimo ela ficou.
De longe, eu enxergava
Logo, Luzia junto chegava.

Na festa, junto ela ficava,
com medo, eu olhava,
Logo meu nome ouvia
para mim ela sorria.

Minha madrinha para mim olhou,
lá no alto me confidenciou,
Para mim muito orou.
Muito sucesso, para mim desejou.
A saudade de todas ficou...