![]()
Casa no campo florido
O sereno marcou minha face
Preso na casa sem companhia A hora caminha lentamente Poucos raios de sol me alegra Com o vapor de minha boca O frio cobre minha solidão Pensamentos navegam pelo ar Nesse mundo que não conheço Faço um trago do aguardente Ouço os cães bem distante O fogo da lenha aquece meu charque Deixo que a preguiça me fortaleça O som do vento no telhado Me acalmo cobrindo com o poncho Olhando pela janela a neblina no campo Me alegro ouvindo os pássaros Com eles passo a cantar: “Canta, canta, canarinho, ai, ai, ai Não cante fora da hora, ai, ai, ai A barra do dia, aí vem, ai, ai, ai Coitado de quem namora!... (trecho extraido do livro de Guimarães Rosa, Sagarana)
Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 12/12/2017
Comentários
|