Adeus
Sou de tempos atrás
feito adulto no campo carpeio teu sono negro de tanto caminhar amigo caminhante feito um andarilho inteligente na alma longe da gente um velho costume tomar água na mão refrescar as idéias descansar sob a sombra da árvore grande saindo ao anoitecer cantarolando uma canção desconhecida inventada para alegrar pensamentos deixar para chorar depois triste no olhar feio na aparência alegre no corpo bonito na mente sem lembrar o passado vivendo o momento não pensar em nada ignorar o sorriso do outro falando com os olhos comendo com a voz chamando mamãe como uma criança com medo dizendo adeus falando sozinho caminho vulgar sob nuvens escuras rugido de morte no escuro não vê pede socorro à virgem Maria sentado numa pedra sem pressa ver chegar no altar todos santos olham-no acanhado, mantém-se cabisbaixo à rainha da igreja pede o perdão parecendo filho de Deus humilde e soberbo faz o sinal da cruz desce as escadas do sacrifício tempo obscuro como o que trás um filho com medo de nascer.
Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 11/08/2018
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