Deitada em leito de alvenaria, esperando alforria
bebendo a água como o alimento sagrado
respirando sonhos em nuvens de fumaça
caminhando pela septicemia deixada pelos ingratos do poder
alimentando com os restos deixados pela elite
estudando com os escritos esquecidos
procurando os seios de uma mãe pátria explorada
que não cansa de ter sede do querer
crianças que querem luz
não querem a cruz
com lágrimas olhando seus pais
enxergam apenas o olhar triste de um ser
choro o sangue para ver livre nosso pensamento.