Sou da terra, da raiz, sou de qualquer lugar
quando nasci aprendi a profecia
ouvi a fala de todo dia
cultura de dedicação
sem olhar a formação
hoje canto essa canção
de pai para filho, grande espelho
alimentei no peito de nossa cultura
ensinado sem malcriação
sendo o alimento a cultura milenar
a vida no planeta ninguém tem o poder de sonegar
sementes sadias semear
com amor e dedicação, doar a semente, já é tradição
aprendendo e ensinando, o bom fruto não faltará
esse amor tem que germinar
novos frutos serão disseminados
cada sangue é o fruto que corre nas veias
sem esquecer onde nasceu a teia
essa cultura não tem contradição
sonhar, sorrir, partilhar é nossa orientação
sem cor, com amor todas as mãos precisamos dar
plantar, colher e alimentar
sou terra, sou caule, com espinhos aprendi amar
com vida, sem censura, cada cultura viverá
nos poros da pele, explode com cheiro e sorte
ao longe sei onde chegar
brindando com sorriso, para o próximo saber olhar
essa cultura jamais vai acabar.