CASARÃO ESCRAVAGISTA
Portais largos e coloridos
Fora do alcance na altura Som ao caminhar, como assombração Leito coberto de filó Sob a cama, tem a peça esmaltada Com o nome de pinico O cheiro sentido, vindo do fogão a lenha A bacia de zinco esperava o sábado Apenas a madame Fazia se cheirosa Banho de caneca pela mucama Perfume francês importado Com muito ouro era trocado O soberano em carruagens Terras indígenas pastoreava Explorava a madeira e tudo mais Para comer e engordar Coxa de frango no bolso da túnica levava Quem beijasse sua mão Tudo tinha que solicitasse Em troca de tráficos e propinas Escravos chegavam de montão Espancavam e exigiam justiça e proteção Assim foi formada essa nação Com o nome da madeira Com o nome de santa Cruz tornou se Brasil!
Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 19/09/2023
|